Olga Roriz
“As companhias de dança estão cheias de héteros”
Nunca falou em público sobre a influência do universo gay no seu trabalho. Nem mesmo na sua primeira biografia homónima, escrita pela jornalista Mónica Guerreiro e publicada há poucas semanas. Desta vez, aceitou fazê-lo. Bailarina e coreógrafa, Olga Roriz nasceu há 52 anos em Viana do Castelo. Vive em Lisboa desde criança. Em Junho, vai estrear uma nova peça: “Inferno”.
Corrija se não for verdade: nas artes de palco em Portugal não há nenhum criador que seja tão livre na forma de pôr em causa as relações, a sexualidade e o género.
É uma coisa que me interessa, não sei muito bem porquê. Deve estar relacionado com a personalidade das pessoas, o início da sua vida, a adolescência, aquilo por que passamos... Pode ter a ver com a minha vivência próxima da dança e da homossexualidade, desde cedo. Neste momento, a maior parte das companhias está cheia de heterossexuais. Quando comecei, eles eram mesmo todos gays.
Isso é uma grande novidade, toda a gente acha que ainda é assim.
Pois, mas muitos homens hoje vão para o Conservatório porque sabem que vão encontrar miúdas giras. Hoje é assim. E depois casam-se ou andam todos uns com os outros, eles com elas.
Extrato da entrevista de Olga Roriz a Bruno Horta, publicada pela INDEX ebooks na coletânea de entrevistas Uma Década Queer: 50 entrevistas em português (2004-2014).
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