2012-02-24

A literatura gay morreu?



 

A última obra de Christopher Bram, Eminent Outlaws, está a dar que falar nos EUA. Lançado no passado dia 2 de Fevereiro, tem feito estalar a polémica em jornais e revistas da especialidade em língua inglesa. Ao descrever a evolução da literatura gay no pós II Guerra Mundial como uma luta de afirmação de identidade, com base nos obstáculos que os "grandes" como Tennessee Williams, Gore Vidal, Truman Capote, Allen Ginsberg ou James Baldwin tiveram que ultrapassar, Bram define a literatura gay como a literatura feita por gays sobre os problemas gay. 

O The New York Times considera que "Esta é uma maneira de contar a história, e não é despropositada. Mas deixa no ar a ideia de que os escritores gay só são relevantes por oposição aos seus inimigos mais do que pela qualidade do seu verso ou da sua prosa". E o inglês The Economist arrasa com "Talvez devido a esta postura, o Sr. Bram não toca no que é certamente a questão central para o seu livro: porque ser gay é cada vez mais normal e é um território onde os escritores hetero já se aventuram sem medo (um dos mais conhecidos filmes gays dos últimos anos foi "O Segredo de Brokeback Mountain", baseado no romance de Annie Proulx, que já conta 3 casamentos), sobre que é que os escritores gay escreverão no futuro?"

Será que a literatura gay está moribunda?

Eminent Outlaws só tem versão inglesa em papel; em breve deve sair o ebook (que bom seria ter publicação em português)

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