2014-04-03

Edição fac-similada de Castelo de Sombras de Judith Teixeira


Na coleção 1ªs edições fac-similadas do Público, saíu recentemente o livro de poesia de Judith Teixeira, Castelo de Sombras. Judith escandalizou o meio lisboeta da década de 1920 com a publicação da sua primeira obra, Decadência, de conteúdo homossexual. O livro foi classificado de "imoral", "vergonhoso" e "ignóbil" e seria apreendido e destruído, tal como as Canções de António Botto e Sodoma Divinizada de Raul Leal.

Segundo Arlindo Correia (aqui): "O segundo livro de Judith Teixeira, Castelo de Sombras, apresentava-se muito mais discreto que o primeiro. Em tudo. Decadência era um volume fascinantemente luxuoso, num formato de livro de arte, em excelente papel e com apurado arranjo tipográfico, tendo a enriquecê-lo a gravura da capa, a cores, da autoria do pintor «modernista» Carlos Porfírio, que foi o director de Portugal Futurista. Castelo de Sombras mantinha o bom gosto gráfico, o grande formato (embora menor que o de Decadência), mas o conteúdo perdera ousadia, «a vertigem sagrada da luxúria» que exigia Raul Leal, o profeta Henoch, para o mais sublime culto estético. («A luxúria é uma força! “ gritava Valentine de Saint-Point, com quem Judith Teixeira se identifica, proclamando na sua conferência De Mim: «A luxúria é uma fonte dolorosa e sagrada de cujo seio violento corre, cantando e sofrendo, o ritmo harmonioso das nossas sensações!»)"

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